domingo, setembro 12

Bell

Ontem na padaria uma mulher dizia a um rapaz que o que tinha acontecido seria bom porque assim fulana teria um crescimento espiritual. Uns meses atrás uma amiga me emprestou o livro Quem me roubou de mim do Pe. Fábio de Melo. E tá lá, grifado pela minha amiga: "Não é justo que o ser humano passe pelas experiências de calvário sem que delas nasçam experiências de ressurreições".

Aprendo a não esperar nada de ninguém. Aprendo a conviver com a mentira, ou como querem, a omissão - um nome menos ruim para a mesma mentira. Há mentira e mentira, todos sabemos. Mentira desnecessária para mim é aquela mentira contada com a desculpa que é para me proteger, me poupar. Quer ferida maior que a mentira? Não sou de porcelana e escolho a mais dura verdade à mais suave mentira. Mentira para me poupar é a mentira que me tira a dignidade, que não respeita o que sou nem o que construo nas relações. É jogar na minha cara o quão me acham idiota. A mentira é sempre uma agressão ao outro, desprezo pelo outro. E a si mesmo, o que a mentira causa?

Não tenho nada para colocar no lugar. Na gaveta.

Espero experiências de ressurrreição.