Esta é uma máxima contida no livro Ilusões de Richard Bach que li há 31 anos atrás. Pode? Tenho um tempo enorme de palavras a me perseguir! O livro é uma espécie de Pequeno Príncipe , uma estória contada por um camarada que gosta de voar e um dia encontra um outro camarada que lhe dá alguns ensinamentos a conta gota para melhor encarar a vida. Pode-se dizer que o livro foi o precursor de tantos da linha auto-ajuda, os Paulo Coelhos & Cia ilimitada. Gostei do livro à época e não posso negar que me ajudou bastante e às vezes ainda me pego repetindo alguns dos seus conselhos, mesmo que a vida vá nos mostrando que determinados aforismos não são tão certos, quer dizer, nem sempre servem quando chega a hora de a onça beber água. Como metáfora, é um exemplo ímpar de escrever para a multidão sedenta de palavras bonitas a serem gastas em conversa de bar. O livro é semelhante aos inúmeros otimismos em gotas que tanto sucesso ainda fazem. O diferencial é que há uma preocupação em incutir n...
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogios. MANOEL DE BARROS