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Mostrando postagens de julho, 2013

Costura

Quando te pensei costura A linha se emaranhou em minha mão Feito lã e gato enovelados. Quando te pensei poente O sol se fez inverno em tua face Feito frio e agasalho acasalados. Quando te pensei copo A água se fez mais límpida em meu olho Feito gelo e calor emparelhados. Agora que fazes costura em minh’alma E lavas minha ternura em teu agasalho Não há frio nem poente. Não há limpidez maior em minha face Nem linha em traçado tão caliente. Agora que em minh’alma calor fazes.

Luta fugaz

As mãos passeam lentas por um campo minado de amor. Fogueiras acendem-se e na horizontal labaredas de paixão ascendem consumidas em carinhos. As vozes sussurram dentro da noite suores escorrem entre corpos. Sou grito estendido e mão contraída. És respiração ofegante, aperto mais forte. Ambos guerrilheiros do amor empenhados em uma luta que a tudo exalta e em um instante morre.