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Mostrando postagens de agosto, 2013

Petra

Quando fui pedra / quarando os choros em beira de rios Avolumei lágrimas e cansaços. Quando fui guerra / incendiando os passos em desalentos Arrebentei amarras e depressões. Quando fui pedra. Quarando ternura sobre as pedras / quando fui guerra Acariciei risos e abraços. Fui pedra. Expurgando dores sob os risos/quando fui pedra Expulsei toda a mágoa e solidão. Fui guerra. Inundei toda tristeza e desamparo Refiz a vida e a receita Apedrejei toda ausência e traição. Pedra. Enganei   a saudade e a maldição Expus meu riso em largas praças Mudei de tênis e de calçada. Guerra. Quando sou nuvem /   passarinhando por entre os fios Levito sobre o dossel encantado Caio, levanto e passo Estendo o braço e ergo as mãos. Sou pedra feita de aço.

ARCo

Se te vejo sob a moldura meus braços se transformam em emoção tuas mãos são arcos elevados amor e sedução. Quando te sinto bem de perto teu olho translúcida paixão transfigura minha alma em desatino perco arco, deixo o chão. Se te perco de meu olhar figura solta em vão de porta destino se mistura em oração caminho torto de perdição. Quando me sinto em comunhão tua alma água em ebulição faz em minha fronte santa bênção perco medo, deixo o chão.