Nos idos dos anos 60, os Estados Unidos implementaram um programa de assistência aos países do terceiro mundo denominado de Aliança para o Progresso. Através dele, a população carente recebia alimentos para suprir as necessidades nutricionais, além de recursos financeiros para o desenvolvimento do estado, como casas populares, escolas. Dessa leva, em Natal se construíram o conjunto habitacional Cidade da Esperança e o Instituto de Educação Pte Kennedy, enquanto o navio Hope, ancorado no Porto na Ribeira, distribuía leite em pó e realizava tratamentos médicos e cirurgias que até então eram inacessíveis aos potiguares. O símbolo do programa era um aperto de mãos entre indivíduos, simbolicamente estadunidenses e latinos americanos. Os americanos não estavam preocupados altruisticamente em salvar populações da fome. Estavam muito mais interessados em fazer com que o comunismo não aportasse e conquistasse terrenos por essas bandas. Era o tempo da guerra fria, o mundo polari...
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogios. MANOEL DE BARROS
Comentários
Paulo e Pablo, ambos especiais, ambos representantes de uma época de ouro que se finda. Junto com eles - e com Mário Lago,
Raul Cortez, Drummond e tantos
outros, vai-se a delicadeza, a
força e o orgulho de fazer bem feito, a humildade não servil de incansáveis trabalhadores em seu ofício. De Pablo, tenho uma relíquia: a publicação chilena que Salvador Allende mandou publicar, homenageando o amigo por ter ganho o prêmio Nobel. A história de como consegui essa jóia, em plena ditadura chilena, é muito forte dentro de mim. De Paulo, a mais bela lembrança: o seu vigoroso Dom Quixote de La Mancha, com Bibi Ferreira como Dulcinéa e Grande Otelo como Sancho Pança.
Inesquecível!
Por essas e outras é que a vida vale muito a pena.
Bjs
Marilda