Quando puder, escreverei.
Agora, não.
Agora letras teimosas insistem em palavras
que não quero sentir.
Quando puder, escreverei.
Agora, não.
Agora palavras quero esquecer
preciso amontoá-las em sacos pretos
à espera do caminhão.
Quando puder, escreverei.
Agora, não.
Agora quero criar pontas de asas.
Quando puder, voarei.
Como já voei, caí e levantei.
Agora, não.
Quando puder.
Um comentário:
Muito bem dito!!!! O que há para se comentar de um poema? talvez apenas a revelação de que foi tocada por ele e se encantou.
Um abraço.
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