segunda-feira, março 28

L'amour


Em 1875, George Bizet, compositor clássico francês, escreveu a ópera Carmem, na qual conta a estória de uma cigana envolvida com um soldado, a quem no final, depois de atraí-lo para o bando de contrabandista, anuncia não mais amar, preferindo ficar com um toureiro.

A música hoje se tornou bastante popular nas vozes de cantoras clássicas, como Sarah Bringhtam ou Nana Mouskori.

O que a ópera - e a música especialmente - conta é que o amor é um pássaro rebelde, ninguém o aprisiona, sendo um ser dotado de poder e querer próprios. Quantos de nós já não se perguntou por que amava fulano e não sicrano? Além de ser rebelde, o amor é boêmio, sem lei e amamos quem não nos ama, quem nos ama nós não amamos, embora, como já dissera o poeta, "viver é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida'.

Pensando surpreender o amor, ter domínio sobre ele, de repente é apenas um pássaro que voou, um sonho perdido, um vazio no chão onde antes havia escadas. E se vai, volta e a ciranda da vida recomeça.

A música - a ópera inteira, aliás - mostra o cuidado que se deve ter com o ente amado. Tanto com quem amamos, como com quem deixamos, embora a dor do deixar só o tempo cure.

Como todo amor vivido intensamente, traído também de uma forma intensa, Carmem não tem um final feliz: Dom Jose a mata, preferindo isso a vê-la com outro.

O que não tem futuro e é um péssimo exemplo. Mas, a música, passados 136 anos, é atual, como o é o amor. Um exemplo que a obra sobrevive ao homem e os males de amores da era moderna não mudaram nada dedsde o tempo de antanho.

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